Rubens: "O carro é melhor do que o do ano passado"

01/02/2011 17:30

 Piloto brasileiro afirma que é muito cedo para comparações entre a equipes

 

Após andar pela primeira vez com o FW33, novo carro da Williams, nesta terça-feira, em Valência, Rubens Barrichello afirmou que a equipe conseguiu apresentar uma evolução em relação ao modelo da última temporada.

Porém, o brasileiro, que ficou em 11º na sessão de hoje, admite que é muito cedo para tirar conclusões sobre o seu desempenho na comparação com os rivais depois de apenas um dia de teste.

"O carro é melhor que o meu carro do ano passado. Este cálculo eu consigo fazer porque eu sei o quanto de gasolina que eu andei aqui no ano passado. Agora, se é melhor o suficiente para bater outros companheiros que estavam na nossa frente, é muito difícil de saber."

"Acho que esta F-1 de fevereiro é o que eles chamam de 'hero to zero' [herói para zero] muito fácil. No ano passado eu classifiquei em 11º na primeira corrida e fiquei na ponta em alguns testes. Naquele dia que eu estava sem gasolina, o povo estava com gasolina."

"É muito difícil fazer uma avaliação. Hoje, a Red Bull passou por mim em um momento em que eles estavam virando três segundos mais rápidos e eu nem vi, parece que você está parado. Mas teve outro momento que eu deixei passar e ele não abria tanto. Se ele estava com mais gasolina? Menos gasolina? Não dá para saber. Que a Red Bull não veio para brincadeira, isso nós já sabíamos desde o ano passado."

Barrichello explicou que não pôde usar o Kers por causa de um problema, mas que ficou satisfeito com o desempenho de sua asa traseira móvel, outra novidade do regulamento de 2011.

"A asa trabalhou muito bem, funcionou muito bem durante todo o tempo. A primeira impressão da asa que eu tive foi que eu estava dirigindo o Mach 5 do Speed Racer, que quando eu apertei parecia um turbo, pois aumenta bastante a velocidade, é um soco nas costas."

"É um trabalho extra. Você tem que olhar para o volante [para apertar o botão]. Eu não acho que podemos falar em perigo por enquanto, mas é algo que estará na nossa cabeça durante o período das primeiras voltas, pois se alguém tiver um problema, tirar o pé, levantar a mão para ser ultrapassado e você não estiver olhando para a pista, pode ser um problema."

Apesar da preocupação, o piloto de 38 anos afirmou que o dispositivo conseguirá cumprir o seu objetivo de aumentar o número de ultrapassagens na categoria.

"Se o cara da frente, você estiver na mesma velocidade, você estiver naquela situação de menos de um segundo atrás, a luz aparecer e você poder apertar o botão, não tenha dúvida que você vai ultrapassar. O crescimento de velocidade aqui estava entre oito e dez quilômetros dependendo do vento. Então, com certeza você vai ultrapassar."

Barrichello tinha participado dos primeiros testes com os pneus Pirelli em Abu Dhabi em novembro, e explicou que a diferença de temperatura entre a pista no Oriente Médio e a de Valência dificultou uma comparação da evolução dos compostos.

"Eu vi uma situação diferente de hoje em relação à de Abu Dhabi porque lá estava quente e aqui está um frio grande. Eu acho que os compostos terão um tempo ainda para serem acertados. O pneu parecia um pouco duro. Como nós tivemos um pequeno problema pela manhã, eles me mandaram com um pneu médio que o mais duro que temos aqui. Nisso, o pneu estava escorregando bastante, agora tem que testar amanhã para saber o que é melhor para cá."

"O desgaste do pneu é em cima do quanto escorregadia está. Isso se deve também pela falta de temperatura no asfalto. Por enquanto não é a preocupação, é mais o momento, nós não vamos correr com tanto frio assim."

Ouça a entrevista com Rubens Barrichello:

tazio.uol.com.br/data/arquivo_1225.mp3

 

 

Fonte: tazio.uol.com.br/f-1/textos/23469/

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